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Desafios para as Mulheres no Acesso à Justiça: Um Olhar sobre a Desigualdade Econômica e o Machismo Institucional

As dificuldades que as mulheres enfrentam ao tentar acessar o sistema judiciário são profundamente enraizadas em duas problemáticas interconectadas: a falta de recursos financeiros e o machismo arraigado no sistema legal. Em um mundo ideal, a justiça deveria ser cega para o gênero, mas a realidade é bem diferente para muitas mulheres em todo o mundo.

Desigualdade Econômica e Acesso à Justiça

Para começar, a falta de recursos financeiros é uma barreira significativa que impede o acesso das mulheres à Justiça. Mulheres em situações de baixa renda muitas vezes não conseguem arcar com os custos legais associados a processos judiciais, privando-as de seus direitos básicos, e também dos direitos de seus filhos. A ausência de assistência jurídica acessível apenas perpetua essa desigualdade, deixando muitas mulheres sem proteção legal adequada.

Machismo Institucional: Um Obstáculo Pervasivo

Além das barreiras financeiras, o machismo institucional é um obstáculo significativo que as mulheres encontram ao buscar Justiça. O sistema judiciário, como muitas outras instituições, frequentemente reflete e perpetua estereótipos de gênero prejudiciais. Desde atitudes condescendentes a ausência paterna – seja emocional ou financeira – até decisões judiciais enviesadas. As mulheres muitas vezes enfrentam um sistema que não apenas as desfavorece, mas também as desencoraja de buscar ajuda.

Empoderamento como Solução

Para superar esses desafios, é importante conceder mais espaços de poder para as mulheres que possuem perspectiva de gênero dentro do sistema judiciário. A inclusão de mais mulheres em posições-chave, como juízas, promotoras, advogadas e defensoras públicas COM PERSPECTIVA DE GÊNERO – friso – , pode trazer mais sensibilidade para questões específicas enfrentadas pelas mulheres. Além disso, políticas públicas devem ser implementadas para garantir – e incentivar – assistência jurídica gratuita ou de baixo custo para aquelas que não podem pagar por serviços legais.

A mudança não virá apenas através de reformas legislativas, mas também através de uma mudança cultural – mudança mental, eu diria. É fundamental desafiar os estereótipos de gênero e promover a igualdade desde as bases da sociedade. Ao criar um ambiente mais inclusivo e diversificado dentro do sistema judiciário, podemos começar a desmantelar as barreiras que impedem as mulheres de acessar a justiça plenamente. Somente através do empoderamento das mulheres e da promoção de uma sociedade verdadeiramente igualitária podemos garantir que todas as vozes sejam ouvidas e que a justiça seja verdadeiramente cega para o gênero

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POSTADO POR:

paulamacen

paulamacen

@paulamacena.adv

Advogada de família, fundadora do primeiro escritório para os direitos das mulheres do Maranhão, criadora de teses jurídicas pautada na perspectiva de gênero, idealizadora do MANIFEST.

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MANIFEST

Um estudo de caso em grupo que acontece na modalidade online uma vez por mês e visa reunir advogadas e estudantes de Direito – que atuam, ou desejam atuar sob a perspectiva de gênero – para que possamos discutir juntas 3 (três) casos, e as possibilidades de resolução deste conflito.

Através da minha escrita, espero inspirar mulheres em todas as esferas da vida, ao fazê-las conhecer sobre os seus direitos.

Então, convido você a se juntar a mim nesta jornada de auto-descoberta e crescimento enquanto exploramos juntas a pesrpectiva de gênero.