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O Peso Invisível da Ausência Paterna: Um Fardo que as Mães Não Deveriam Carregar

A ausência paterna, seja emocional ou financeira, lança uma sombra escura sobre as vidas das mães e seus filhos. Esta falta não apenas sobrecarrega as mães psicológica e financeiramente, mas também cria um desequilíbrio emocional profundo nas crianças.

Infelizmente, o Judiciário, muitas vezes, não oferece a solução esperada. A fixação de pensões baixas, muitas vezes inadequadas, e regimes de convivência que são constantemente descumpridos pelos pais ausentes, sem que haja nenhum tipo de sanção para isso, são tristes realidades.

A ausência emocional de um pai deixa marcas profundas, desafiando o equilíbrio emocional e a autoestima das crianças. Além disso, quando os pais não cumprem os acordos de convivência estabelecidos, a dor do abandono é sentida repetidas vezes pelas crianças.

Como se isso não fosse suficiente, a falta de apoio financeiro coloca uma pressão financeira avassaladora sobre as mães, que constantemente precisam lidar com as despesas da casa e da educação dos filhos sozinhas. O Judiciário, infelizmente, por vezes, não apenas tolera, mas também perpetua essa situação ao não impor penalizações eficazes aos pais que descumprem os acordos estabelecidos.

Esta situação não é apenas uma falha do sistema judiciário, mas também um reflexo mais amplo das desigualdades de gênero profundamente arraigadas em nossa sociedade. As mães continuam sendo penalizadas enquanto os pais frequentemente escapam de suas responsabilidades.

É imperativo desafiar e reformar esse sistema, garantindo que tanto a paternidade como a maternidade seja uma jornada compartilhada e justa, não apenas para aliviar o fardo das mães, mas também para proporcionar um ambiente saudável e estável para as crianças, que precisam da presença do pai. A verdadeira igualdade de gênero só será alcançada quando o sistema não apenas proteger, mas também lutar verdadeiramente por todas as mães e seus filhos

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POSTADO POR:

paulamacen

paulamacen

@paulamacena.adv

Advogada de família, fundadora do primeiro escritório para os direitos das mulheres do Maranhão, criadora de teses jurídicas pautada na perspectiva de gênero, idealizadora do MANIFEST.

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Um estudo de caso em grupo que acontece na modalidade online uma vez por mês e visa reunir advogadas e estudantes de Direito – que atuam, ou desejam atuar sob a perspectiva de gênero – para que possamos discutir juntas 3 (três) casos, e as possibilidades de resolução deste conflito.

Através da minha escrita, espero inspirar mulheres em todas as esferas da vida, ao fazê-las conhecer sobre os seus direitos.

Então, convido você a se juntar a mim nesta jornada de auto-descoberta e crescimento enquanto exploramos juntas a pesrpectiva de gênero.