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Dia das Bruxas: Um paralelo com a Idade Média e o Rótulo de bruxa dado às mulheres

Neste Dia das Bruxas, que tal mergulharmos na história sombria da Idade Média?

Na Idade Média, um período marcado por superstições e falta de compreensão científica, as mulheres foram frequentemente chamadas de bruxas como uma estratégia de controle social. A sociedade patriarcal da época via as mulheres como ameaças à ordem estabelecida e à autoridade masculina, especialmente aquelas que eram independentes, curiosas ou habilidosas em medicina e ervas.

Curandeiras, herboristas, parteiras e mulheres independentes eram frequentemente rotuladas como bruxas. Esse rótulo marginalizava essas mulheres, associando-as a práticas consideradas heréticas e demoníacas. Esse estigma levou à perseguição implacável, prisão e execução de milhares de mulheres.

A verdadeira Intenção do Rótulo

A perseguição às supostas bruxas era, na verdade, uma maneira de suprimir as mulheres que se destacavam ou desafiavam as normas sociais da época. As mulheres que não se conformavam com os papéis tradicionais eram vistas como ameaças ao poder masculino e à estrutura hierárquica da sociedade. A acusação de bruxaria tornou-se uma ferramenta para silenciar vozes divergentes, controlar o conhecimento e manter as mulheres em um estado de submissão.

Um símbolo de Resistência

Apesar da brutalidade desse período sombrio da história, as mulheres acusadas de bruxaria também se tornaram símbolos de resistência. Elas desafiaram as normas, recusaram-se a se curvar ao sistema opressivo e enfrentaram a perseguição com coragem. A história dessas mulheres é um testemunho da resiliência humana diante da injustiça. Seus sacrifícios e lutas inspiram as mulheres de hoje a continuarem a busca por igualdade, justiça e liberdade.

Hoje celebramos não o “Dia das Bruxas Americanizado”. Mas as mulheres como guardiãs do conhecimento. Celebramos a verdadeira essência das “bruxas”: mulheres fortes, intuitivas, inteligente e independentes.

O legado das “bruxas” medievais nos incentiva a rejeitar as limitações impostas pela sociedade e a reivindicar nossos direitos. É um lembrete poderoso de que as mulheres sempre estiveram na vanguarda da resistência contra a opressão.

Ao entender e honrar a história das mulheres acusadas de bruxaria, podemos aprender com seu exemplo e fortalecer nossa determinação em construir um mundo onde todas as mulheres sejam livres para viverem suas vidas com dignidade e igualdade. Em última análise, essas mulheres são faróis de esperança, iluminando o caminho para um futuro mais justo e igualitário para todas as pessoas.

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POSTADO POR:

paulamacen

paulamacen

@paulamacena.adv

Advogada de família, fundadora do primeiro escritório para os direitos das mulheres do Maranhão, criadora de teses jurídicas pautada na perspectiva de gênero, idealizadora do MANIFEST.

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MANIFEST

Um estudo de caso em grupo que acontece na modalidade online uma vez por mês e visa reunir advogadas e estudantes de Direito – que atuam, ou desejam atuar sob a perspectiva de gênero – para que possamos discutir juntas 3 (três) casos, e as possibilidades de resolução deste conflito.

Através da minha escrita, espero inspirar mulheres em todas as esferas da vida, ao fazê-las conhecer sobre os seus direitos.

Então, convido você a se juntar a mim nesta jornada de auto-descoberta e crescimento enquanto exploramos juntas a pesrpectiva de gênero.